segunda-feira, 27 de julho de 2015

Oficina de Home Studio RECIFE LO-FI - 25º Festival de Inverno de Garanhuns

Secult Fundarpe ‪#‎FUNDARPE‬ (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco) promoveu a Oficina de Home Studio Recife Lo-fi no 25º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) onde realizamos toda a parte de pré-produção, gravação, mixagem e masterização de uma música usando equipamentos de baixíssimo custo. Na foto alguns dos integrantes da Fundarpe e participantes da oficina Recife Lo-fi, obrigado à todos!



21º Sarau da Boa Vista (Homenagem ao Ivinho - Ave Sangria)

Nesse sábado rolou o 21º SARAU DA BOA VISTA numa noite muito astral com os camaradas Aldo Ferreira LinsCassio Sette Gilmar Serra de Albuquerque Diego Gonzaga e Nivea Lazari (ao fundo o Teatro do Parque RE Existe que esperamos que seja re-aberto logo para eventos como esse).


Cássio Sette, Gilmar Serra, Zeca Viana, Aldo Lins, Nívea Maria e Diego Gonzaga

Zeca Viana e Seu Getúlio

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Ao Vivo na FNAC Pinheiros (São Paulo)

Vídeo gravado em 2011 em pocket show realizado na FNAC Pinheiros com Rumbo Reverso (Cacá Amaral) na bateria e Robson Gamaliel no baixo.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Billi Pig + Whe I See Your Face (I get so high)

Depois de um bom tempo sem aparecer por aqui estou reativando o Blog para postar algumas novidades do projeto solo e também para manter um clipping mais fixo e atualizado, já que no facebook geralmente o conteúdo é mais dinâmico.

Um ano passou rápido, e nessas idas, vindas e reviravoltas muitas coisas boas aconteceram. Shows, pessoas bacanas, viagens e boas lembranças. Então para re-começar segue uma boa notícia que inclusive já divulguei via facebook. A música "When I See Your Face (I get so high)" está na trilha sonora da comédia Billi Pig (Globo Filmes / Bananeira Filmes) do diretor José Eduardo Belmont. A música é tema para os personagens Marivalda (Grazi Massafera) e Wanderley (Selton Mello). O elenco é formado por Milton Gonçaves, Preta Gil (que também estreia no cinema) além de participações especiais como Cássia Kiss. O filme é baseado nas chanchadas dos anos 50, gostaria de convidá-los para assistir o filme.


Aproveitando esse post gostaria de levantar um breve pensamento sobre o que está passando batido no que podemos chamar de "cena de quartinho" em Pernambuco. Mesmo morando em São Paulo há três anos (aliás passa rápido) acompanho de perto essa produção e posso dizer que no mínimo não vem recebendo a atenção devida da mídia local de massa como jornais, portais de notícias, rádio, etc. Ou seja, às vezes é mais fácil esse tipo de produção ser reconhecida fora do estado (e voltar em um filme por exemplo) do que a mídia local ter sensibilidade e interesse para pesquisar e trazer conteúdo de qualidade sobre novos sons.

Boas iniciativas estão rolando nesse sentido como a Revista MI - Música Independente em Pernambuco http://mionline.com.br/ que reúne vários desses nomes e o Projeto Cena Low-Fi http://www.cenalowfi.com.br/ que vem registrando não só as bandas locais mas a interação de bandas de outras partes do país. Em 2010 também organizei a coletânea Recife Lo-fi http://recifelofi.blogspot.com.br/ nesse sentido. Sinceramente um dia espero ficar sabendo que um lançamento como "Canções do Quarto de Trás" de D Mingus saiu na capa do caderno de cultura de algum jornal local dando o devido valor e o espaço merecido.


terça-feira, 29 de março de 2011

domingo, 2 de janeiro de 2011

Novo single no Portal MTV

O single "Quarto Minguante, Quarto Crescente" foi indicado no Portal MTV - Blog Fuligens na coleção de fim de ano "arte para ouvir e compartilhar".

Link: mtv.uol.com.br/fuligens/blog

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

“QUARTO MINGUANTE, QUARTO CRESCENTE”: CICLO RÍTMICO DO AMOR EM ZECA VIANA

POR ROGÉRIO DUARTE

“Quarto minguante, quarto crescente” é o segundo single de Zeca Viana, que apresenta mais um das linhas gerais do que será o CD Calor & Aurora, que será lançado em 2011. Depois de “Homo Plasticus”, em que Zeca dava voz ao homem transformado em mercadoria pela lógica do capital, o novo single traz uma canção mais introspectiva e subjetiva, com riqueza de recursos formais que remetem aos ciclos da natureza e sua relação com o movimento do amor e do sexo.

No plano da letra, o Quarto do título ganha duplo sentido, aludindo não só a uma das fases da lua (que, por si só, já está associada ao amor), mas também ao espaço íntimo do quarto de dormir, em que são experimentadas diferentes sensações: o sono, o sonho, os desejos e o gozo, tudo em ritmo de retorno, num claro-escuro musical de arranjos e curvas melódicas que vão do mais agudo e ardente no verso “o desejo de evoluir crescente”, até o adormecimento do agudo “não vou mais sair”.


Capa do single feita por Bruna Ferrer, co-autora da letra.

Em toda obra de Zeca Viana, talvez apenas “Coração Atonal”, dos Seres Invisíveis, tenha consistência interna comparável à de “Quarto Minguante, Quarto Crescente”: cada verso ascendente – portanto, crescente – terá seu correspondente descendente – isto é, minguante. Como a canção está fundada no ritmo repetitivo das fases da lua, o movimento de retorno fica asseverado pela rima do título, cujo sufixo “-nte” já sugere a ideia de movimento. Assim, o dinamismo da canção se dá pelo encadeamento melódico regular, à moda de ciclo natural, sempre pontilhado dos retornos da lua expressos nas rimas.

Mas todos esses recursos formais só terão sentido se não forem gratuitos, isto é, se dialogarem diretamente com o conteúdo – e é na correspondência entre a forma e o conteúdo que é alcançada a coerência característica das grandes canções: nos primeiros versos, parte-se do sono para a decolagem, sempre com um interlocutor em primeiro pessoa, o que sugere o quarto como espaço da experiência amorosa. O “corpo material minguante” e “o sonho material distante” ganham força na passagem do minguante ao crescente, com o verso “o desejo de evoluir crescente”, num ápice vocal que lembra as entoações de Guilherme Arantes, referência musical clara de Zeca.

Do ápice, só resta retomar o ciclo: se é verdade que “a vibração emite luz”, o sentido natural é retornar à fase minguante. Zeca é minucioso na utilização das estruturas frasais, evidenciando o trajeto de volta, rumo ao universo do minguante, para finalmente terminar com a repetição do ciclo. “Quarto Minguante, Quarto Crescente” é daquelas músicas que podem ser executadas nas caixas de som dos quartos dos amantes, repetidas incessantemente, até que o ritmo do ciclo seja absorvido por completo e um se perca no outro, num claro-escuro, ou côncavo-convexo, em que as nuances das diferenças são percebidas, mas que só fazem sentido quando compõem um todo indivisível: assim é a canção, assim são os amantes trancados no “Quarto Minguante, Quarto Crescente”.

ROGÉRIO DUARTE É INTEGRANTE DA IDENTIDADE MUSICAL, PROFESSOR DE LITERATURA E GRAMÁTICA, ATUALMENTE EM SUA PESQUISA DE DOUTORADO ANALISA AS RELAÇÕES ENTRE O ROCK PORTUGUÊS E A POESIA PORTUGUESA.